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La madeleine de Proust

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madeleine” Elle envoya chercher un de ces gâteaux courts et dodus appelés Petites Madeleines  qui semblent avoir été moulés dans la valve rainurée d’une coquille de Saint-Jacques. Et bientôt, machinalement, accablé par la morne journée et la perspective d’un triste lendemain, je portai à mes lèvres une cuillerée du thé où j’avais laissé s’amollir un morceau de madeleine.” Marcel Proust

 

 

 

La madeleine é um pequeno bolo em forma de concha, feito com ovos e raspas de limão, que foi eternizado por Proust em seu livro “Em busca do tempo perdido”.

Originária da cidade de Commercy, conta-se que ela apareceu pela primeira vez na mesa do duque de Lorraine no final do século XVIII. Depois de perder seu reino da Polônia, Stanislas Leszcynski, sogro de Louis XV, recebe o Ducado de Lorraine. Humanista, filantropo e filósofo, ele mantinha um estilo de vida luxuoso. Diz a lenda que uma noite o convidado de honra para o jantar era o controverso escritor Voltaire. Muitos ali naquela cidade detestavam Voltaire, inclusive o mordomo e o padeiro do Duque que se recusaram a lhe servir. Para salvar o jantar do fiasco Madeleine, uma empregada da casa, improvisa uma receita de bolo ensinado por sua avó. Todo mundo aprecia e Stanislas envia um pacote de “madeleines” para sua filha. A encomenda pipoca em Versalhes e em pouquissimo tempo Commercy vira a capital francesa da madeleine.

Em 1852, a linha de trem Paris-Strasbourg é inaugurada e, a fama do bolo já é tão grande, que a prefeitura autoriza a venda de madeleines na plataforma da estação. Todos os viajantes retornam de Commercy com uma caixa debaixo do braço. Após a Segunda Guerra Mundial, a madeleine se tornou um produto comum do consumidor, sendo produzido em larga escala em fábricas em toda a França.

Recette des Madeleines

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